FREITAS, Ana
Lúcia Souza de. Pedagogia da
conscientização: um legado de Paulo Freire à formação de professores. 3.
ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.
Edna
Pereira Barbosa e Murilo Inacio Dos Santos[1]
A
alegria como desafio à dimensão estética
A natureza política e sua prática
pedagógica somente poderá ser possível por conta através do desenvolvimento da curiosidade epistemológica e assim,
construir a superação e substituir a pedagogia da resposta, pela pedagogia da
pergunta, a qual quando orientada pelo compromisso político-emancipatório, gera
uma pedagogia da curiosidade, na qual quando o professor(a) vivencia a
curiosidade sob a forma de aprendizado sustentável, esta, o instigue em
recriá-la através da interação pedagógica entre professor(a) e alunos(as).
Assim, o desenvolvimento da curiosidade epistemológica é uma atitude
de formação que complementa o ato crítico de sonhar coletivamente,
potencializando a criação do inédito-viável.
Embora, essa curiosidade básica ainda não seja suficiente. Freire (in) Freitas.
Entre os muitos desafios que são colocados à
educação para a curiosidade, não se deve esquecer também de que, Há outra forma
curiosa das pessoas se entregarem prazerosamente ao desafio. Trata-se da
curiosidade estética (Freire, 1995). É a curiosidade
estética que nos faz admirar, por exemplo a beleza do pôr-do-sol; é a curiosidade estética que nos permite a
emoção diante do que é belo e, na concepção libertadora
da educação, conhecer - é algo de belo; à medida em que conhecer é desvendar um
objeto, o desvendamento dá vida ao objeto, chama-o para a vida, e até mesmo o
confere uma nova vida; isto é uma tarefa artística. (Freire, 1995). Sobretudo a
curiosidade epistemológica recorre à curiosidade estética.
De acordo com Freire, (1995) porque
o ato de conhecer é repleto de subjetividade - O que eu sei, sei com meu corpo
inteiro, com a minha mente crítica mas também com meus sentimentos, com minhas
intuições, com minhas emoções. A compreensão da importância do desenvolvimento
de tais curiosidades para a vivência da práxis educativa libertadora, será
possível a partir do próprio exercício delas, em sua formação constante no
cotidiano escolar, sem dissociarem-se da curiosidade política, a qual,
fundamentada na esperança, organiza a intencionalidade das demais.
E esse é o sentido de que o educador
progressista e consciente da necessidade do desenvolvimento de tais
curiosidades para a constituição de Pedagogia da Conscientização e de práticas
pedagógicas democráticas, faça do trabalho coletivo de reflexão crítica,
permanente e sistematizada, elemento central na luta pela criação de condições
para que a escola possa ser reinventada.
A
alegria como desafio à dimensão estética
O cotejo desenvolvido por Freire
referente à dimensão estética, integrante da concepção conflitante e
libertadora da educação, expressa seu entendimento sobre a importância da subjetividade
na interação estabelecida à criticidade, curiosidade e construção do
conhecimento em consideração à polêmica do conhecimento o qual amplia-se à
medida que orienta-se através da perspectiva do desenvolvimento da
criatividade.
A criatividade está diretamente
relacionada à capacidade de criar, visto que a imaginação auxilia a curiosidade
e a inventividade da mesma forma como aguça a aventura, sem que não a criamos.
Constituindo-se em elemento basilar no processo de criação do sentido da
existência, bem como da transformação do sujeito e da sociedade, na perspectiva
da criação do inédito-viável, a qual é movida pela imaginação e nos leva a
sonhos possíveis. (Freire, 1993).
[1]
Acadêmicos do Curso de Licenciatura em Pedagogia
do Instituto de Ensino Superior Santo Antônio – INESA – Joinville – SC.
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