segunda-feira, 23 de maio de 2016

Conscientização e gestão democrática: Uma perspectiva de globalidade

FREITAS, Ana Lúcia Souza de. Pedagogia da conscientização: um legado de Paulo Freire à formação de professores. 3. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.

                                                          
                                          Edna Pereira Barbosa e Murilo Inacio Dos Santos[1]

Conscientização e gestão democrática: Uma perspectiva de globalidade

        A reinvenção do contexto escolar pedagógico, sob o prisma da gestão democratizante, é parte de um consenso de grande magnitude referente à necessidade e da possibilidade de uma metamorfose social, a qual desconsidera os limites da instituição escolar, não a excluindo de responsabilidades. Entre elas, a de alicerçar uma nova identidade ao trabalho pedagógico, práticas exequíveis, capazes de abarcar um senso comum transformador à construção através de uma consciência democrática.
    Tais práticas não se faz compulsoriamente. A identidade da escola funda-se na correlação de forças da identidade de seus docentes.
        A qualidade da gestão democrática do contexto escolar pedagógico está diretamente atrelada à identidade dos lentes progressistas os quais batalham pelo seu estabelecimento. Nessa tendência, a formação permanente do âmbito escolar assume enorme relevância no que alude à viabilização dessa possibilidade. É o que justificar enaltecer a compreensão em torno de suas proximidades com o processo de conscientização e a reinvenção do núcleo escolar.
     A proposta para uma determinada aproximação sugere, principalmente, assumir um posicionamento referente às categorias que as sustentam. Com ênfase aos conceitos de totalidade e complexidade tornam-se relevantes por serem classes que confirmam a qualidade da aproximação através da apoteose. Respectivamente, totalidade e complexidade tem de ver com o modo de pensar sobre a perspectiva global de ciência modernizada e pós-modernizada, as quais, diante de determinado ponto de vista, podem ser tachadas de antagônicas. Entretanto, partindo-se de outro pressuposto, vale reiterar que o entendimento de totalidade não alude à compreensão total e absoluta da realidade, das coisas, dos acontecimentos; trata-se de entender a realidade sob um outro prisma, como defende Kosik (1976).
           Universalidade, quer dizer: realidade integralmente estruturada e dialética, na qual ou da qual uma ocorrência aleatória (classes de eventos, conjuntos de eventos) pode ser compreendido razoavelmente, isso, não significa que seja um método ingênuo, pelo qual se queira conhecer todas as facetas da realidades sem exceções e, ofertar um panorama da realidade, na infinidade de seus aspectos e propriedades (p.35-36).
            A ideia de totalidade aparece no cerne do paradigma da ciência moderna, em que a noção de modelo está relacionada `definição de Thomas Kuhn, em que, de acordo com ele, paradigma, diz respeito a modelo, padrões compartilhados que asseguram a explicação de determinados aspectos da realidade. É mais que uma teoria. Implica uma estrutura que nutre novas teorias.        
     É algo incipiente às teorias (Morais, 1997, p. 31). De outra maneira, a ideia de complexidade que se fortalece no âmago do paradigma pós-modernista está atrelado à perspectiva paradigmática proposta por Edgai- Morin, que tem por entendimento um enfoque relacional em que conceitos e teorias soberanas convivem com teorias oponentes (Morais, 1997, p.31), de modo a compreender a impregnação física como uma malha complexa de interações e conexões de várias naturezas.









[1] Acadêmicos do Curso de Licenciatura em Pedagogia do Instituto de Ensino Superior Santo Antônio – INESA – Joinville – SC.

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