quarta-feira, 27 de abril de 2016

AS MENTES VISTAS DO PONTO DE VISTA GLOBAL- Um auxílio para a gestão

AS MENTES VISTAS DO PONTO DE VISTA GLOBAL- Um auxílio para a gestão.
Academicas: Caroline Batista, Elisama Alexandre e Rúbia Gutstein

            Como pesquisador da psicologia, Gardner definiu as cabeças pensantes em cinco categorias: Disciplinada; Sintetizadora; Criadora; Respeitosa e ética. Embora cada um de nós tenha uma das categorias em evidência devemos como seres humanos, buscar evoluir e alcanças mediante o esforço traços das outras mentes existentes.
            A mente disciplinada promove ao ser humano o controle dos seus atos e atitudes, o treino das habilidades, a persistência. Alguém com a mente disciplinada alcança seus objetivos mais facilmente, pois é concentrado por natureza e tem seus objetivos claros. Nos estudos, a disciplina auxilia no desenvolvimento de planejamentos e na execução de projetos de maneira clara e organizada. Promove ao ser que usa a disciplina a oportunidade de realizar um trabalho da melhor maneira possível pois este consegue se organizar. Quanto à gestão, essa habilidade é imprescindível.
            Ser capaz de sintetizar algo é difícil, complexo. Seja um texto ou uma história contado por um colega, é difícil sintetizar, pois isso exige muita concentração de modo a garantir que o importante daquilo tudo não ficou para trás. Na gestão, a habilidade de sintetização facilita o trabalho de todos e traz segurança e equilíbrio para os liderados. O gestor que é capaz de sintetizar consegue distribuir as funções de acordo com as habilidades garantindo um bom trabalho, como melhorar as práticas, e como inovar.
            Criar é uma habilidade que muitos possuem de forma inata e que outros acham que nunca conseguirão. Pouco se sabe que a criação nasce mediante o estudo aprofundado. O jazz por exemplo é baseado no improviso, na criação, porém para isso, e necessário que o músico tenha um profundo conhecimento dos modos e escalas para que a criação aconteça. A criatividade é muitas vezes o que difere um profissional do outro e produz no líder uma capacidade de persuadir seus liderados pois ele é capaz de proporcionar um ambiente de transformação.
            O respeito e a ética quase se misturam em seus significados. Eles traduzem aquilo que é a base para qualquer relacionamento, ou seja, a capacidade de ter opiniões formadas e mesmo assim aceitar a opinião do outro. Como gestores devemos tentar entender a opinião do outro, não ignorar as diferentes e necessárias visões que existem para que nosso mundo caminhe de maneira produtiva.

            Qualquer mente citada acima é formada unicamente pela educação, seja ela oferecida na escola, em casa ou nos inúmeros lugares que promovem a educação de maneira oculta.  O fato é que é através da educação que todas as habilidades se fundem e aparecem na forma do ser humano, fazendo com que este mude o ambiente onde vive, tenha sensibilidade para com o outro, consiga aprender com os antepassados e recriar aquilo que não pode ser esquecido. A educação forma líderes independente da posição que estes ocupam, pois a liderança está além de um cargo, ela diz respeito as boas influências e exemplos que deixamos. 

domingo, 24 de abril de 2016

EDUCAÇÃO BASEADA EM EVIDÊNCIAS – Por Gary Thomas e Richard Pring

REFERÊNCIA
THOMAS, Gary; PRING, Richard. Educação baseada em evidências. Porto Alegre: Penso, 2007.

EDUCAÇÃO BASEADA EM EVIDÊNCIAS – Por Gary Thomas e RichAcadêmicas: Carolina Albuquerque, Caroline Kruger Coral, Dayze Dombrovski

         O capítulo 6 tem como título “ Professores usando evidências: utilizar o que sabemos sobre ensino e aprendizagem para reconceituar a prática baseada em evidencias.” Este, tem como objetivo esclarecer alguns conceitos comuns que temos referente a prática educacional, trazendo assim uma reconstrução da mesma.
Sendo assim, foram escolhidos alguns trechos deste capítulo afim de esclarecer a importância da educação baseada em evidência na prática docente.

“ A prática baseada em evidências não é algum tipo de processo universal que possa ser transferido de uma profissão para outra: deve ser entendido em termos de demandas específicas que apresenta aos próprios processos de aprendizagens dos profissionais. Eles ainda não ocuparam algum lugar de destaque no debate sobre a prática baseada em evidências.” ( PRING & THOMAS, 2007,p. 91)
“ Este capitulo explora o que mais pode ser necessário para que a prática baseada em evidências ou a prática informada por pesquisa e evidências possa inserir-se verdadeiramente na prática profissional. A ênfase esta na prática do ensino tanto para indivíduos quanto para a profissão como um todo e o papel que a pesquisa e  as evidências podem cumprir. ( PRING &THOMAS, 2007,p. 93)
“ Experimentar novas estratégias baseadas em evidências de outros lugares sempre envolve o risco de que não funcionem nesse ou naquele contexto específico. Assim os professores precisam acreditar fortemente nos ganhos relativos antes de correr um risco com métodos não testados.
         “Algo que influencia e estimula os professores a mudar sua prática para levar em conta novos conhecimentos é a evidência crível de que as novas abordagens irão aprimorar a aprendizagem de seus alunos.” ( PRING &THOMAS, 2007, p.94)
“ É minha opinião que a prática informada por evidências poderia ser desenvolvida e realizada por meio de uma melhor escuta aos professores, garantindo que tenho uma voz forte na compreensão dos processos necessários para” fazer que funcione”. É provável que a partir dos êxitos e das contribuições dos próprios professores seja mais poderoso do que a obrigatoriedade.” ( PRING&THOMAS,2007,p.102)

quinta-feira, 21 de abril de 2016

EDUCAÇÃO BASEADA EM EVIDÊNCIAS – Por Gary Thomas e Richard Pring

REFERÊNCIA

THOMAS, Gary; PRING, Richard. Educação baseada em evidências. Porto Alegre: Penso, 2007.

EDUCAÇÃO BASEADA EM EVIDÊNCIAS – Por Gary Thomas e Richard Pring
Acadêmicas: Carolina Albuquerque, Caroline Kruger Coral, Dayze Dombrovski

         O livro Educação baseada em evidências, escrito por Gary Thomas e Richard Pring, é dividido em três partes e a introdução, totalizando quatorze capítulos. A parte um aborda “o que é a prática baseada em evidências? ”. Já o capitulo dois “exemplos de prática baseadas em evidências”. E, o terceiro capítulo trabalha as “questões” relevantes sobre o tema.
         Este comentário é referente à introdução do livro que elucida o que é evidência e prática. Evidência é algo que envolve um pouquinho de tudo, incluindo intuição, verificação e, compreender o ambiente em que está sendo realizada a pesquisa. Cientistas como Einstein e Feyerabend utilizaram muito das suas intuições para dar conta de suas grandes descobertas. Acreditam eles que, a intuição nada mais é do que a evidência de que algo relevante. Assim, o que os “incomoda”, os motiva a buscar respostas para suas perguntas.
         Para que a evidência se torne, de fato, evidência é necessário que haja uma série de teste para que sua relevância seja determinada. Sendo assim, evidência é informação que sustenta ou não uma afirmação e, que deve passar pelo teste da relevância se quiser ir além do empirismo. Outras informações importantes ajudarão a determinar a relevância, seguindo desta forma, para o segundo teste, da suficiência. Isso definirá qual o grau de importância da informação coletada. Em terceiro lugar está a verificação da veracidade das evidências, certificando-se de que não haja nenhuma outra influência externa sobre ela.

         Assim como na ciência, a educação também necessita de suficiência. A educação brasileira necessita de evidências confiáveis e de qualidade. Para que haja avanços, faz-se necessário passar pelo processo de seleção de evidências de qualidade para pesquisa, realizar a experiência e então obter o experimento. Portanto, no dia a dia, todos são capazes de produzir evidências, discutir com os parceiros de trabalho, experimentar coisas novas e, por consequência coisas novas surgirão e serão avaliadas informalmente.

domingo, 17 de abril de 2016

EDUCAÇÃO LIBERTADORA: DESAFIO À CONSCIENTIZAÇÃO - A esperança como desafio à dimensão política

FREITAS, Ana Lúcia Souza de. Pedagogia da conscientização: um legado de Paulo Freire à formação de professores. 3. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.


                                             Edna Pereira Barbosa e Murilo Inacio Dos Santos[1]
                                            
EDUCAÇÃO LIBERTADORA: DESAFIO À CONSCIENTIZAÇÃO
A esperança como desafio à dimensão política


            O texto que prossegue, faz parte da temática que está contida na referência acima mencionada e abordada no capítulo II. O destaque nesse caso, é a concepção da palavra esperança como desafio à dimensão política.
            Da qual depende prioritariamente a Educação Libertadora, na visão de Paulo Freire. Sob a qual, o entendimento epistemológico fala por si mesmo e abarca a preocupação quanto ao aprendizado do alunado.
            De acordo com Paulo freire, A Educação Libertadora, é uma dimensão, onde em seu núcleo, orbita a política, a estética e o conhecimento teorizado, além da práxis pedagógica. Essa tríade é indissociável. Inicialmente, tal atividade sugere desafios que carecem de esperança e de conscientização para sua superação, em prol dessa dimensão.
            Visto que a compreensão em favor desse processo nesse contexto, é de grande valia, dada à sua complexidade, sobretudo, no que diz respeito às práxis educativas, elencadas na concepção libertadora.
            Por conseguinte, a prática dessa dimensão, culmina simultaneamente com o ato de conhecer, sob a forma de invenção e reconstrução, enquanto os alunos(as) apropriam-se do conhecimento escolar pedagógico. Sob essas perspectivas, argumenta Freire (in) SOUZA, 2004.
            Essa compreensão norteia o empenho de Freire na década de 1990, quanto ao assunto da práxis educativa libertadora. Tendo como ponto de partida, a tríade dimensional inseparável, a qual engloba a conscientização, para favorecer o processo de transformação permanente e epistemológico.
            Dessa maneira, Freire sublinha a ética, como integrante da política, na condição de mediadora para incrementar a melhoria da condição social entre as pessoas.




[1] Acadêmicos do Curso de Licenciatura em Pedagogia do Instituto de Ensino Superior Santo Antônio – INESA – Joinville – SC.

RESUMO DO LIVRO “COMO APRENDER E ENSINAR COMPETÊNCIAS” – Capítulo 4 "O objetivo da educação por competência é o pleno desenvolvimento da pessoa"

INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR SANTO ANTÔNIO INESA
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAOGIA
Disciplina: Met. Cont. Básicos de Língua portuguesa II
Professora: Christiani dos Santos Guedes Machado
Acadêmicas: Andresa N. Gomes, Andressa P. dos Santos,
 Anita H. Schubert, Luciana Moreira
Data: 16/04/2016

O objetivo da educação por competência é o pleno desenvolvimento da pessoa

O papel do ensino direciona-se ao desenvolvimento do ser humano e à formação integral das pessoas. O conhecimento faz sentido quando aquele que o possui sabe utilizá-lo. 
Quando optarmos pela formação integral ou para a vida, entende-se que deve ser competente em outros âmbitos da vida, sendo utilizado de alguma forma no seu cotidiano. No entanto, dificilmente encontra-se opiniões que questionem a educação tendo como finalidade a vida. A finalidade, na grande maioria das opiniões, da educação é a formação integral acadêmica. Ou seja, prepara-se os alunos até o ensino médio para sua vida acadêmica.
A educação escolar deve ser pensada não apenas para a formação do sujeito no seu cotidiano, mas prepará-lo para sua vida acadêmica.  
No século XX, essas ideias começaram a se generalizar, fazendo que a formação inicial universitária dos professores e a maioria dos sistemas escolares introduzissem esses critérios.
Analisando as possibilidades atuais da escola, é possível perceber que ela não tem capacidade de dar conta da formação integral do aluno, a escola não foi preparada para isto. No momento que direcionamos este problema apenas para o governo, estamos apenas tentando nos livrar do problema ao invés de resolve-lo. É preciso que a família e a escola dividam sua responsabilidades em pesos iguais, para em equilíbrio buscar um bom resultado

domingo, 3 de abril de 2016

Resumo sobre a vida de Howard Gardner, autor do livro: Cinco mentes para o futuro

INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR SANTO ANTÔNIO INESA
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAOGIA
Disciplina: Met. Cont. Básicos de Língua portuguesa I
Professora: Christiani Guedes
Alunas: Caroline Batista, Elisama Alexandre e Rúbia Gutstein


Howard Gardner

            Howard Gardner nasceu em 11 de julho de 1943 em Scranton, na Pensilvânea, EUA. Vindo de uma família de judeus alemães refugiados dos nazistas. Ingressou na faculdade de Havard com intuito de estudar história e direito, entretanto acabou se rendendo aos estudos da psicologia com direcionamento à educação. Seu interesse pelo processo de aprendizagem se deu a partir da leitura que fez das descobertas do pensador Jean Piaget.
            Gardner tornou-se co-diretor do Havard Project Zero, onde desenvolveu as pesquisas sobre as múltiplas inteligências,  ressaltando a importância de trabalhar a formação ética simultaneamente ao desenvolvimento das inteligências.
            O cientista ainda leciona neurologia na escola de medicina da Universidade de Boston e é professor de pedagogia e cognição e de psicologia em Havard. Foi eleito um dos intelectuais que mais influentes do mundo.
            Para formular hipóteses sobre a relação entre habilidades individuais e determinadas regiões do órgão, o psicólogo e neurologista buscou evidências através do estudo com pessoas com lesões e disfunções cerebrais, tendo como influência o psicólogo e psicometrista Robert Sternberg que estudou as variações das definições de inteligência em distintas culturas. (FERRARI, s.d.)
            Em grupo de estudo, estamos estudando o livro de Gardner Cinco Mentes para o Futuro. No livro, Gardner menciona cinco mentes da qual cada um de nós possui uma: Mente disciplinada, mente sintetizadora, mente criadora, mente respeitosa e mente ética. Embora cada um possua uma das mentes em evidência, Gardner diz que nós podemos nos adaptar e até aprender a ter traços das outras mentes (GARDNER, Howard. Cinco mentes para o futuro. Porto Alegre: Artmed, 2007).

            

RESUMO DO LIVRO “COMO APRENDER E ENSINAR COMPETÊNCIAS” – Capítulos 1, 2 e 3

INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR SANTO ANTÔNIO INESA
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAOGIA
Disciplina: Met. Cont. Básicos de Língua portuguesa II
Professora: Christiani dos Santos Guedes Machado
Acadêmicas: Andresa N. Gomes, Andressa P. dos Santos,
 Anita H. Schubert, Luciana Moreira
Data: 01/04/2016

RESUMO DO LIVRO “COMO APRENDER E ENSINAR COMPETÊNCIAS” – Capítulos 1, 2 e 3

O termo “competências”, inicialmente surgiu na área do trabalho administrativo, porém, posteriormente alcançou a área educacional. Zabala e Arnau focam, nesta obra, a competência e sua importância para a o meio educacional e pedagógico.
O livro é composto por apresentação, 11 capítulos, além da apresentação, do epílogo e do glossário. Na apresentação, os autores enfatizam sobre o significado de competências e de sua abrangência. Assim como questionamentos com: “Até que ponto um ensino baseado em competências representa uma melhoria dos modelos existentes?” (p. 09). No decorrer da apresentação, as respostas a estas e outras vem sendo respondidas e questionadas, levando o leitor (docente) à reflexão de suas práticas e comportamentos para e com seus alunos.
O capítulo 1 “O termo competência surge como resposta às limitações do ensino tradicional” inicia com a problemática: “Por que temos de falar sobre competências?”. E vai abordando os aspectos do surgimento de competência, como prática empresarial, bem como sua necessidade de ser juntada às bases curriculares que norteiam as práticas pedagógicas brasileiras; ou seja, sair do método exclusivamente tradicional de ensino, já que até então, a formação inicial e permanente da maioria das profissões centrou-se e reduziu-se à aprendizagem de alguns conhecimentos, ignorando as habilidades para o desenvolvimento da profissão. Está bastante visível neste capítulo a defasagem do sistema de ensino brasileiro, focando, principalmente no tradicionalismo e na memorização dos conceitos.
O segundo capítulo aborda “A atuação eficiente das competências em um determinado contexto”, sendo enfatizada, logo no início que a competência escolar visa responder, no acadêmico, seja ela de qualquer âmbito, responder aos problemas que enfrentará ao longo da vida. Os autores continuam na busca pela definição do termo competência, onde cada indivíduo possui tais saberes e é papel de cada um desenvolvê-lo. Após analisar as definições ao longo de nove páginas, a seguinte pergunta vem à tona, “O que entendemos por competências?". A partir dessa síntese, pode-se ver que “a competência consistirá na intervenção eficaz nos diferentes âmbitos da vida, mediante ações nas quais se mobilizam componentes atitudinais, procedimentais e conceituais de maneira inter-relacionada” (p. 36). Ou seja, para que certas questões da vida sejam resolva, é necessário, antes, que o indivíduo esteja disposto a procurar por respostas e querer resolvê-los.   
Abrangendo temas como a escola tradicional, memorização, o falso ativismo de alunos, o terceiro capítulo se nomeia “A competências sempre envolvem conhecimentos inter-relacionados a habilidades e atitudes”. Neste momento, os autores começam a tecer algumas respostas e situações educacionais e comportamentais ao redor do tema. Um fator importante que é ressaltado aqui, é que nem a corrente do tradicionalismo e nem a da escola ativa pode ser totalmente julgada e descartada.
É interessante e indispensável que o docente que atua desde a educação infantil até à formação de professores tenha a percepção e o cuidado de valorizar a realidade da turma e de sua comunidade escolar. Que terão momentos em que o tradicionalismo poderá se sobressair à escola ativa e, em outras situações não. Os modelos de ensino sejam eles “novos” ou “velhos” só poderão ser julgados se trabalhados com os alunos e para eles. Caso contrário, continuará sendo transmissão de saberes e não educação.


ARNAU, Laia; ZABALA, Antoni. Como aprender e ensinar competências. Porto Alegre: Artmed, 2010.



FREITAS, Ana Lúcia Souza de. Pedagogia da conscientização: um legado de Paulo Freire à formação de professores. 3. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.



                                              Edna Pereira Barbosa e Murilo Inacio Dos Santos[1]

PEDAGOGIA DA CONSCIENTIZAÇÃO:
Um legado de Paulo freire à formação de professores.

            A narrativa a seguir refere-se à obra acima citada cujo enfoque é a Pedagogia da conscientização, fundamentada na concepção de Paulo Freire, abordada no capítulo um.
 Pressupõe-se que sejam contribuições relevantes, devidamente elaboradas, abstraídas de um estudo especial categorizado e metodológico à formação do corpo docente. Onde o cerne da questão é a conscientização libertadora da pessoa humana.

O professor (Paulo Freire, 1992, p. 174), reflete sua teoria e experiência vivenciada no contexto escolar pedagógico, iniciando pela sua participação como secretário de educação fundamentada numa política educacional a qual possuía como foco, a gestão democrática da escola, da qual buscou aval à ampliação sua produção teórica, não somente compreender os limítrofes, senão, a construção consistente de possibilidades à educação libertadora no contexto escolar pedagógico público.

O desafio da reinvenção da escola na década de 90, p.33

            Na década de 90 as obras foram atualizadas por conta de conceitos sistemáticos importantes. Os quais serviram como referências para construir projetos políticos-pedagógicos libertadores que se contrapunham às práticas individualistas-excludentes no âmbito escolar, que serviam de alternativas ás referidas práticas. Especialmente no conglomerado das obras da década de 90.
            O cotejo destaca-se em torno da necessidade de uma formação pedagógica consciente e permanente, capaz de desafiar o caráter progressista que se opunha ao contexto neoliberal.

[...] ele foi, na verdade, mestre de todos nós E...] era um pensador, mas também pedagogo, quer dizer, um homem que pensava a prática educativa enquanto ato de conhecimento. [...1 Pode o corpo ter envelhecido [...] Mas a cabeça dele não. [...1 morreu jovem. Ele jamais perdeu a paixão pelos seus sonhos (Freire, in Fiori, 1991 a, p. 287).

Freire consagra-se e fundamenta-se exatamente pela grande monta de produção intelectual do período. Ele torna-se um referencial fundamental à reconstrução da pedagogia.



            Freire argumenta que: a alegria é de suma importância, fundamentado na reflexão de Georges e Snyders. Assim, ele considera que a alegria na escola fortalece e estimula a alegria de viver. Ainda de acordo com o pensador, se o tempo da escola é um tempo enfadonho sob o qual, o corpo docente, discente, vivem os segundos, os minutos e os quartos de horas afim de que o tempo monótono termine, ávidos para libertar-se do ambiente escolar pedagógico e que adentrem às alegrias da vida fora do ambiente escolar. A tristeza da escola culmina por deteriorar a alegria de viver.
           
            Ao prefaciar a obra de Snyders, Paulo Freire reitera a relevância da alegria na escola, já que para ele, - lutar pela alegria na escola é uma forma de lutar pela mudança do mundo(p.10). “Não pode ser alegre uma escola que conviva com a permanência do insucesso de muitos alunos”.
            A escola necessita está atenta à valorização dos saberes construídos fora da escola.

            A dupla cisão epistemológica procede a um trabalho transformador tanto do senso comum, como da ciência. Ela também sugere a superação da dicotomia entre conhecimento científico e senso comum, na construção de um conhecimento libertador que transforma a ambos.
            Todo conhecimento científico tem seu ponto de partida no senso comum. (1997,p.55).

            Freire nos dá seu testemunho, e propõe novas possibilidades de relação com o conhecimento, capazes de viabilizar um intenso processo de produção teórico-crítica a partir de um cotejo permanente sobre o mundo vivido, concomitantemente contribui para transformá-lo.

            Não obstante a isso, Freire enfatiza que a produção intelectual não possui um fim em si mesma, entretanto, estabelece um vínculo dialético entre escrita e oralidade, entre teoria e prática. Na qual a interação assume o caráter de fomentar o próprio processo de escrita, orientando-o no sentido de novas vicissitudes.

            Por conta disso, ele argumenta em favor da necessidade da constituição de espaços coletivos à formação escolar pedagógica, a fim de que se desenvolva práticas de observação, registro, cotejo e discussão, na vivência e interação permanente tensional entre teoria e prática. Como diz Sousa Santos (1998).

            Como reflete Nogueira (p.9) a escola de Freire tem uma marca de três grandes opções: a primeira, a de que – Gente humana é processo e exige o trabalho interativo de autoconhecimento (p.10); a segunda que – o mundo, a vida e as cidades – sendo humanas – são mutáveis, elas são lugar epistemológico de transformação (p.11); e a terceira diz respeito a uma determinada concepção de leitura. Na qual, ler é um entendimento participativo. Ler é pronunciar a palavra é reconhecer-se dentro do engendramento da realidade (p.13).

            Como diz Freire, minha biblioteca tem algo disso. Às vezes, é como se fosse a sombra da árvore mangueira de minha infância (p. 16). Ele retoma a sua memória em alusão a saudosa árvore, quando faz uma reflexão às sombras dessa árvore, comparando-a às incalculáveis possibilidades de um excelente livro, no qual o aprendizado se dá de acordo com a natureza política da educação aliada à historicidade no mundo atual. Com isso ele defende uma premente necessidade de atualização da educação, no contexto neoliberal de nossa atualidade.

            Entretanto, em suas dedicatórias, encontra-se algo marcante às demais obras literárias da década de 90, nas quais demarcam sua reflexão em torno da relevância da subjetividade no processo de construção do conhecimento. (p.50).

            Freire nos desafia à leitura e à escrita enquanto processos indicotomizáveis de pensar a existência, nos incita em fazer com que as experiências vividas constituam-se em fonte de cotejo teórico. (p.51).

A consciência revisada
           
            Outrora no Brasil, nas décadas de 60 e 70, o vocábulo conscientização era algo perigoso e por vezes fatal para outrem. Todavia, não deixava de ser uma palavra mágica, não obstante ela seja passível de ser deturpada em seu verdadeiro propósito. Embora que seu poder possa causar dissenso na sociedade dentro e fora do país seja enorme. Naquele contexto social, conscientização aludia ao resgate da dignidade da pessoa humana. Pressupõe-se que, quem não dispõe da verdadeira consciência é supostamente um escravo social.

            Nesse sentido, o livro de Ana Lúcia aponta como salvo-conduto à reconstrução da conscientização de maneira bastante pedagógica.
            A autora reflete a conscientização como sendo um substantivo de conotação global e sintetizada a qual compreende três dimensões, a saber: a política, a epistemológica e a estética, essa tríade, de acordo com a autora representa três sub-dimensões, o da esperança, da curiosidade epistemológica e o da alegria, tais dimensões devem estar imbricadas à formação pedagógica do professor(a), e do educador(a).

            À tríade conceitual, a autora entende que tem de existir: a criticidade, a curiosidade e a criatividade, como dispositivos de releitura da conscientização, não como simples abstrações, porém, como prática formativa e efetiva dos professores(as) nos ambientes escolares pedagógicos.

            A autora refere-se a obra Pedagogia da Indignação, editada por: Ana Maria Freire, a qual versa sobre a relevância dos temas: ética e estética, onde retratam sobre os desafios à epistemologia em alusão ao desenvolvimento tecnológico, entre outros. “Nesse processo, a indignação, que se funda na certeza da natureza política da prática pedagógica, mobilizou-me à recriação do modo de lutar contra a dificuldade inerente às práticas que buscam romper o imobilismo”. (Freitas, p.17).

            Essa obra sugere uma crítica ao caráter excludente, classificatório e elitista do ambiente escolar, principalmente o da rede Municipal de Ensino. Desse modo, aponta as necessidades de transformação das práticas pedagógicas fundamentadas em pressupostos inatistas e empiristas, em função de uma postura interacionista e reflexiva do professor (a).

A educação é, simultaneamente, uma determinada teoria do conhecimento posta em prática, um ato político e um ato estético, e que a constituição da práxis educativa libertadora, em que se vivenciam simultaneamente estas três dimensões do ato pedagógico, constitui-se no processo de conscientização. (Freire,1986, p.18).


            Nessa circunstância, a conscientização, além e aquém de sua finalidade da prática educativa libertadora do ser humano, a qual justifica-se por si mesma, uma vez que deve ser compreendida como metodologia propedêutica. Em favor da reinvenção da atuação de todo corpo gestor- funcional e pedagógico no contexto escolar. Subordinada à observância da comunidade de seu entorno, para a fruição do aprendizado do aluno(a). Pressupõe-se que a práxis escolar pedagógica, deva ser focada no verdadeiro, eficaz, efetivo e afetivo aprendizado do aluno(a).
            Estima-se que o professor(a), nunca deva fazer de conta que se explica. A aula deve ser explicada de maneira efusiva e peremptória aos alunos(as). Presume-se que seja a obrigação da escola ensinar os alunos a leitura integral e libertadora. Destarte, que a leitura é um dos subconjunto do conjunto universo Educação.




        







[1] Acadêmicos do Curso de Licenciatura em Pedagogia do Instituto de Ensino Superior Santo Antônio –INESA – Joinville – SC.