A
PSICOMOTRICIDADE NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
Maiara Costa[1]
RESUMO
Quando
pensamos no processo de alfabetização,nos remetemos à aprendizagem da leitura e
da escrita, que já se encontra internalizado neste processo, mas acabamos
esquecendo, ou muitas vezes não paramos para analisar este processo com um
olhar mais atento e focado no desenvolvimento da criança. O domínio da leitura
e da escrita requer todo um preparo na criança quando pequena, para que então
sejam desenvolvidas tais potencialidades, que levam esta a ser alfabetizada de
fato. Essas potencialidades estão associadas ao desenvolvimento psicomotor da
criança, que por sua vez destaca-se a psicomotricidade, sendo a ciência que faz
seus estudos a cerca do ser humano, valorizando o seu corpo através do
movimento. Então, torna-se propício alfabetizar entre os seis e sete anos de
vida, aonde a criança já tem se desenvolvido corporalmente a base necessária
para receber este aprendizado, ressaltando que este processo varia de criança
para criança, pois é muito relativo à maturação do seu corpo, ritmo e o quanto
ela é estimulada para desempenhar tal habilidade. Considerando os aspectos de
que a aprendizagem da escrita é um meio que o ser humano utiliza, considerada
fundamental para socializar-se com os outros indivíduos. Uma criança da
educação infantil, que não foi desenvolvida corporalmente através da educação
psicomotora para ser alfabetizada, pode apresentar diversas dificuldades nesse
processo. Por isso se faz importante a figura do professor como mediador desta
aprendizagem. A corporal, na educação infantil, desenvolvendo potencialidades
como, equilíbrio, lateralidade, coordenação motora, espacial entre outras, ea mental
na pré-escola, demonstrando a apropriação do que foi estimulado pelos
professores na educação infantil, quando criança. Portanto alfabetizar é um
ciclo, aonde cada professor faz seu intermédio com a criança de acordo com suas
fases de desenvolvimento e a criança fazendo parte deste processo, se faz
necessário que participe ativamente das situações de interações, e não fique
apenas como um figurante, mas que ele possa seguir adiante levando em sua bagagem
tudo o que lhe foi aprendido através dos ensinamentos desses professores.
Palavras-chave:
Psicomotricidade; Alfabetização; Escrita; Aprendizagem.
1 INTRODUÇÃO
O
conceito de alfabetização está associadoà leitura e a escrita, que por sua vez,
tem sido enfoque de diferentes profissionais, que buscam privilegiar o processo
de aquisição deste termo.
Observa-se
hoje que muitos alunos que ingressam no Ensino Fundamental apresentam algum
tipo de dificuldade (ou distúrbios) no processo de alfabetização, podendo ser
relativo ao seu processo de desenvolvimento psicomotor. Considerando que a
preparação psicomotora para a aprendizagem da escrita, pode acontecer na
Educação Infantil, onde o aluno encontra-se mais “disposto” a explorar o mundo
que o cerca.
Nós
seres humanos, viemos de uma geração, aonde se aprende muito fácil, mas deve-se
levar em consideração que para o processo de alfabetização, principalmente, a
aquisição da escrita requer muita concentração e exige muito mais esforço das
crianças que possuem dificuldades, pois a força de vontade precisa ser em
dobro, para que seja desenvolvido o seu corpo (físico) e seu sistema neuronal,
adquirindo assim a aprendizagem.
Considerando
o percurso que a escrita passou, podemos observar a estreita relação que tem a
psicomotricidade com a aquisição da escrita, pois este processo está associado
ao desenvolvimento da criança e aqui se faz presente a figura do professor como
mediador deste processo.
No
entanto faz-se necessário que o profissional da educação dê a importância
devida ao processo de desenvolvimento humano, para que possamos não ser
surpreendidos por uma educação deficitária como muito tem sido os casos das
escolas de hoje em dia.
2
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este
artigo acadêmico tem por finalidade trazer à tona uma reflexão ao professor
sobre suas condutas em sala de aula, o seu olhar para a criança, considerando
este como um todo e suas expectativas como mediador do ensino da escrita com
base nos processos psicomotores.
2.1
PSICOMOTRICIDADE: SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
O ser humano se expressa e se comunica através do seu corpo
e como desde a antiguidade o corpo humano sempre foi valorizado, a
neurofisiologia veio a se desenvolver e a partir de estudos feitos nessa área, ficou
constatado que muitas pessoas apresentavam lesões na área do cérebro ou que possivelmente
não poderiam ser diagnosticados a anormalidade ou, os débeis.
Surge então,
a psicomotricidade que contempla todo o esquema corporal do indivíduo, de forma
que este possa ser explorado pela prática de movimentos.
Ela tem origem grega psyque, que
significa alma e no verbo latino moto que significa mover frequentemente, agir
fortemente.
A
psicomotricidade teve contribuições
de grandes profissionais de áreas distintas, surgem aqui várias
reflexões a cerca deste termo. Ela
consiste em perceber o ser humano a partir de seu conjunto de movimentos, ou
seja, envolve toda a ação que é
realizada pelo indivíduo, quando
falamos de uma pessoa devemos observar esta como um todo, principalmente a
contemplar o seu corpo, pois é
através dele que esta se expressa e se desenvolve.
No entanto,
o corpo em movimento faz com que o ser humano esteja constantemente em mudanças,
estas podendo ser motoras,
afetivas e intelectuais, pois são através
de mudanças nestas áreas que o indivíduo vai ativar as suas potencialidades psíquicas para
trabalhar corporalmente cada aspecto
citado, ou seja, quando o ser humano nasce, segundo a neurofisiologia,
ele não nasce pronto, ele nasce com potencialidades que tendem a se
desenvolver e a partir do desenvolvimento
e estímulos que se consolidam, estes criam bases para que um novo movimento
ative alguma função psíquica que dê-lhe a oportunidade de desenvolver uma nova potencialidade.
E uma das
potencialidades a se desenvolver é o movimento de pinça, que tem grande marco
no processo de alfabetização. Com a maturação do Sistema Nervoso Central (SNC),
o bebê passa de ter reflexos e começa a ter reações intencionais, aonde o ato
de preensão é substituído pelo movimento de pinça, ou seja, com repetições de
certos movimentos ele vai aprimorando os gestos e conseguindo alcançar o seu
objetivo final.
Assim,
criando “base” dos movimentos, na primeira infância a criança ao ingressar no
Ensino Fundamental já possui boa coordenação de suas mãos para desempenhar a
escrita e ser alfabetizado, pois como afirma Tavares (2007, p. 21)
A
escrita é constituída de uma atividade psicomotora extremamente complexa, na
qual participam os aspectos da maturação do sistema nervoso, expressado pelo
conjunto de atividades motoras; pelo desenvolvimento psicomotor geral,
especialmente no que se refere à tonicidade e coordenação dos movimentos e pelo
desenvolvimento da motricidade fina, ao nível dos dedos da mão.
Ou seja, a criança, para iniciar o
processo da escrita, precisará reformular a sua linguagem falada para que então
possa desempenhar a linguagem escrita. “O aprendizado da escrita [...], requer
que a criança [...] tenha desenvolvido sua afetividade” (TAVARES, 2007, p. 21).
Pois “o domínio da língua, [...] escrita, é fundamental para a participação
social e efetiva, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à
informação [...] e produz conhecimento” (BRASIL 1997, p. 15).
Vejamos que todo esse processo de
aprendizagem implica em diferentes aspectos tantos afetivos, quanto cognitivos,
na vida de uma criança. Todos considerados importantes para que a criança se
desenvolva de forma saudável e acompanhe a etapado seu processo de
desenvolvimento. E sinalizamos aqui, a importância da psicomotricidade em
relação ao processo de aprendizagem, já que ambas se encontram intimamente
ligadas.
Valendo-se de várias hipóteses,
Tavares (2007, p. 25) constata que,
Durante o processo de
aprendizagem, os elementos básicos da psicomotricidade são utilizados com frequência.
O desenvolvimento do Esquema Corporal, Lateralidade, Estruturação Espacial,
Orientação Temporal e Pré-Escrita são fundamentais na aprendizagem; um problema
em um destes elementos irá prejudicar uma boa aprendizagem.
Portanto todo o desenvolvimento citado
acima contempla o processo para a aquisição da escrita e se acontecer algum
tipo de problema em qualquer elemento destes poderá, a criança, ter problemas
graves na escrita, na leitura, entre outras, pois seu desenvolvimento
psicomotor, provavelmente, foi mal constituído, por isso que se faz necessário
ter desenvolvido lá na educação infantil as bases psicomotoras, como audição,
manuseio de brinquedos, brincadeiras lúdicas entre outras, para que isto não
venha surpreender mais tarde.
No entanto percebemos a estreita
relação entre a aprendizagem da escrita, a psicomotricidade e o professor como
mediador e executor de funções de todo este processo, que se estende por um elo
de profissionalismo na rede da educação escolar.
2.2 A
APRENDIZAGEM DA ESCRITA
Desde
os tempos mais antigos a escrita já era um marco da evolução histórica da
humanidade. Antigamente os homens se comunicavam através de desenhos nas
paredes de suas cavernas, no chão, através de garatujas, entre outras, assim
começou a ser evidenciada a escrita, sendo um dos meios de comunicação
utilizada naquela época.
Com a evolução da espécie
humana, o homem começou a deixar suas marcas através da escrita, aonde começa a
ter a história de fato, pois ela começa existir a partir do momento em que o
homem começa a escrever, pois são através das marcas deixadas no passado que
conseguimos descobrir nossas origens e conhecer o nosso antepassado.
A história da escrita
perpassa por um longo caminho até se constituir-se como hoje é, valendo-se de
regras, habilidades específicas, entre outras características que marcam este
termo. Aprender a ler e escrever requer muito da criança envolvida neste
processo, é preciso que a mesma, segundo Alves (2005), consiga estabelecer
relação entre o código escrito e o falado.
Por isso que não tem como
falar sem escrita sem se remeter a leitura, pois para a aquisição de aprendizagem
delas, torna-se semelhante a um jogo, dispondo de regras, combinações, treino
enfim, uma série de semelhanças entre ambas, que nos remetem ao processo de
aprendizagem.
Como
afirma Garcia (2008, p. 3) “O aprendizado da linguagem escrita representa um
novo e considerável salto no desenvolvimento da pessoa”. Pois o que antecede a
escrita, é a leitura e ainda antes disto, é a aquisição da fala e para possuir
este domínio do sistema de códigos, faz com que a criança aumente a sua
capacidade de memória para então efetuar os registros de suas informações. Ou
seja, “Na escrita, se estabelece uma relação entre audição (palavra falada), o
significado (vivencia da escrita) e a palavra escrita” (ALVES 2005, p. 107).
Pois
como afirma Alves (2005, p. 96), “O ser humano apresenta três sistemas verbais:
auditivo (palavra falada), visual (palavra lida) e escrita. O primeiro que ele
adquiriu foi o auditivo, porque é mais fácil de aprender e também o que exige
menos maturidade psiconeurológica”.
Sendo
esta aprendizagem adquirida na educação infantil, pois este é o meio mais
utilizado para se comunicar com as crianças e transmitir situações que eles
participam ativamente deste processo.
Ainda
neste contexto Alves (2005, p. 100) afirma que “A leitura é um processo de
compreensão abrangente que envolve aspectos sensoriais, emocionais,
intelectuais, fisiológicos, neurológicos, bem como culturais, econômicos e
políticos”.
A
criança, no seu dia a dia, presencia muito a escrita por diversas partes do seu
mundo. A escrita está contida em outdoors, na televisão, enfim espalhados por
todos os lugares que ela passa, a fim de comunicar alguma coisa. E ela inserida
neste contexto, está cada vez mais exposta a este aprendizado.
A
inserção da criança no ambiente social proporciona, desde a educação infantil
através da linguagem oral e gestual (sendo estas mais usadas), que ela se
aproprie deste meio de comunicação para se socializar com os demais. E como as
crianças, são seres, que aprendem muito fácil, não devemos nos esquecer de
levar em consideração que o processo da escrita requer muita concentração, o
mental.
Portanto
ter cuidado com o ensino da escrita requer que o professor também avalie a sua
conduta em sala de aula para que possa surtir efeito no aluno, pois o
aprendizado da escrita inicia no aluno através do professor e este deve se
basear nas condições de aquisição e potencialidades que os alunos possuem para
receber tal aprendizado.
2.3 OS PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM DA ESCRITA
Os
problemas de aprendizagem da escrita são decorrentes de alguma dificuldade no
seu processo de desenvolvimento e podem ter diversos efeitos, assim Alves
(2005, p. 98) afirma que esses problemas podem ser atribuídos por causas de várias
origens, sendo elas:
Orgânicas:
cardiopatias, encefalopatias, deficiências sensoriais (visuais e auditivas),
deficiências motoras (paralisia infantil, paralisia cerebral etc.),
deficiências intelectuais (retardo mental ou diminuição intelectual), disfunção
cerebral e outras enfermidades de longa duração; Psicológicas: desajustes
emocionais provocados pela dificuldade que a criança tem de aprender, o que
gera ansiedade, insegurança e autoconceito negativo; Pedagógicas: métodos
inadequados de ensino, falta de percepção, por parte da escola do nível de
maturidade da criança, iniciando uma alfabetização precoce, relacionamento
professor-aluno deficiente, não domínio do conteúdo e do método por parte do
professor, atendimento precário das crianças devido à superlotação das classes;
Socioculturais: falta de estimulação (criança que não faz a pré-escola e também
não é estimulada no lar); Dislexia: um tipo de distúrbio de leitura que
colocamos como causa, porque provoca dificuldades específicas na aprendizagem
da identificação dos símbolos gráficos, embora a criança apresente inteligência
normal, integridade sensorial e receba estimulação e ensino adequados.
As
diversas causas mencionadas são decorrentes de problemas de aprendizagem que,
provavelmente se manifestou no processo de aquisição da escrita, e por não ser
“tratada” com recursos que poderiam auxiliar nesse processo, ocorreu
determinado problema.
Esta
dificuldade é apresentada por Fonseca (1995) como disgrafia e disortografia.
Que para Alves (2005, p. 109) o primeiro referindo-se a:
[...] a dificuldade
de coordenar movimentos dos símbolos gráficos, é uma dispraxia da escrita.
Caracteriza-se pelo lento traçado das letras, que em geral são ilegíveis. A
criança disgráfica apresenta déficit motor, visual, podendo apresentar
comprometimentos cognitivos, emocional e neurológico. Não consegue idealizar no
plano motor o que captou no plano visual.
A
disgrafia, no entanto, é representada pelas dificuldades de escrita que se
referem à grafia, segundo Alves (2005), existem vários níveis de disgrafia,
podendo ser desde a incapacidade de segurar um lápis ou até mesmo de traçar uma
linha.
Valendo-se
de várias hipóteses, Alves (2005, p. 109) constata que,
As criançasdisgráficas
mais velhas conseguem reproduzir legivelmente uma palavra, mas distorcem a
sequência dos movimentos quando escrevem. Os principais tipos de erro da
criança disgráficas são:
- apresentação
desordenada do texto;
- margens malfeitas
ou inexistentes, a criança ultrapassa ou para muito antes da margem, não
respeita limites;
- espaço irregular
entre as palavras, linhas e entrelinhas;
- traçado de tamanho
pequeno ou grande, pressão leve ou forte, letras irregulares e retocadas,
rasuras;
- distorção da forma
das letras;
- movimentos
contrários ao da escrita convencional, inversões;
- irregularidade no
espaçamento das letras na palavra; mau uso do espaço gráfico;
- direção da escrita
oscilando para cima ou para baixo; traçado incoordenado;
- separação
inadequada das letras;
- dificuldade na
escrita e no alinhamento dos números na página;
- desorientação
espacial;
- dificuldade de
copiar do quadro para o caderno (plano vertical para o horizontal);
- lentidão exagerada
na escrita ou para executar tarefas.
Já
a disortografia refere-se a uma dificuldade na escrita relacionada aos processos
de ortografia e que ocorre apenas quando a escrita envolvem alguns fatores que
antecedem o ato de escrever, consiste numa escrita com numerosos erros e que se
manifesta logo após ser adquirido o mecanismo da leitura e da escrita (LEÃO,
2004).
Assim,
Alves (2005, p. 110) afirma que a “Disortagrafia: É a incapacidade de escrever
corretamente a linguagem oral, havendo trocas ortográficas e confusão de
letras. Podendo implicar na diminuição da qualidade do traçado das letras”.
A
disortografia também possui seus principais tipos de erro que a criança com
este tipo de problema de aprendizagem costuma apresentar, que segundo Alves
(2005, p. 110) são:
- Confusão de letras
(trocas aiditivas);
- Consoantes surdas
por sonoras: f/v; p/b; ch/j;
- Vogais nasais por
orais: na/a; em/e; in/i; on/o; um/u;
- Confusão de sílabas
com tonicidade semelhante: cantarão/ cantaram;
- Confusão de letras
(trocas visuais): simétricas – b/d; p/q
- Semelhantes – e/a;
b/h; f/t;
- Confusão de
palavras com configurações semelhantes: pato/pelo;
- Uso de palavras com
um mesmo som para várias letras: casa/caza; asar/azar; exame/exame (som de z).
Além
destes problemas existe uma série de outras dificuldades que uma criança pode apresentar
em seu processo de alfabetização. Podendo esses erros ser constantes e
progressivamente ao decorrer da vida da criança, afetando em seu desempenho
escolar, e varia de criança para criança e do seu estágio de distúrbio da
escrita.
Em
Fonseca (1995) encontramos os termos disgrafia relacionado a um problema de
execução e disortografia sendo destacado como um problema de formulação, sendo ambos
os distúrbios específicos da linguagem escrita.
Então
observa-se que os problemas de aprendizagem, não somente da escrita mas também
da leitura, podem se manifestar na criança através de alguma dificuldade ou até
mesmo no processo de aquisição desta, que pode ser revertida como uma
“aprendizagem de sucesso” através dos instrumentos e formas que o professor
utilizará diante de cada situação, que se torna singular por ser crianças
diferentes.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As reflexões aqui
representadas são voltadas indiretamente ao trabalho do professor, pois quem
faz as abordagens com o aluno é ele e quem intervém e dá assistência ao aluno
com dificuldade, em primeiro lugar é o professor, pois muitas vezes é na sala
de aula que aparecem os problemas, e o professor dotado de seus conhecimentos,
encaminha o mesmo para especialistas, ou “trata” em sala o que está sob seu
domínio.
E
deve-se ressaltar o papel do professor referente à psicomotricidade, pois ao
além de ensinar o aluno, ou transmitir conhecimentos, ele deve ajudar o aluno,
assumindo o papel de facilitador, ou seja, ele deve estimular a criança de
diversas formas possibilitando que a mesma crie bases necessárias para ser
alfabetizada. Vejamos que aqui essas funções se dividem em dois períodos, em
educação infantil e pré-escola, pois quando falamos de bases necessárias para a
aquisição da linguagem escrita, remetemo-nos a educação infantil, por ser esse
o período propício para desenvolver a maioria das habilidades, devido à idade
das crianças e a sua motivação consequente a sua curiosidade de explorar o
mundo. E depois a pré-escola, por ser o período em que a criança, a partir de
suas potencialidades pré-desenvolvidas começam a ser alfabetizadas e letradas.
A
escrita perpassa por uma longa história, onde podemos observar que ela vem se
constituindo de longos anos atrás e é um dos meios de comunicação primordial na
sociedade. Os avanços que a escrita teve desde a pré-história foram muito
significativos para que hoje ela pudesse chegar a esse nível e ter se
constituído como tal. É através dela que podemos conhecer a história da
humanidade, pois como citado anteriormente, só há história porque há escrita.
Portanto,
fazendo uma análise geral do que até aqui foi estudado, percebemos que a escola
precisa abrir espaços dentro dela, para que se possa fazer uma análise do
processo de aquisição da linguagem escrita, tirando de foco o “como ensinar” e
inserindo o “como ocorre a aprendizagem do aluno”, considerando que cada um
possui as suas particularidades, estas sendo individuais de cada um. E pensar
na sua própria formação acadêmica como um professor alfabetizador, partindo do
ensino para com as crianças e suas reflexões a partir da alfabetização.
Considerando os saberes desta prática, e a diferença que faz, no âmbito
escolar, um professor que faz a diferença ou pelo menos pensa em ser um
professor reflexivo.
REFERÊNCIAS
ALVES, Fátima. Psicomotricidade: corpo, ação e emoção. 2.
Ed. Rio de Janeiro: Wak, 2005.
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: Língua
Portuguesa. Secretaria da Educação Fundamental. 2. Ed. Rio de Janeiro:
DP&A, 2002.
DALMÔNICO, VildeLuiza;FERREIRA, Reginaldo José; PEZZI,
Marcelo Rodrigo.Guia acadêmico, versão
2013.INESA.Joinville-SC.
FONSECA, Vitor.
Introdução às dificuldades de
aprendizagem.s/ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
GARCIA, Kátia et al.O processo de aquisição da linguagem escrita: estudos de A.R Lúria e
L.S Vygotsky. 2008. 6f. Artigo (Licenciatura em Pedagogia) – Faculdades
Integradas do Vale do Ribeira – SCELISUL, São Paulo.
JAKUBOVICZ, Regina. Avaliação
em Voz, Fala e Linguagem. Rio de Janeiro: Revinter, 2004.
LEÃO, Fabiana Cunha. Avaliação dos Distúrbios de
Aprendizagem. In: TAVARES, Micheline de Lima. A psicomotricidade no processo de
aprendizagem. 2007. 43f. Monografia (mestrado em psicomotricidade) –
Universidade Cândido Mendes, Rio de Janeiro.
[1] Acadêmica do 6º período do curso de Licenciatura em Pedagogia da
Instituição de Ensino Superior Santo Antônio-Inesa de 2015/2.
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