segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

A PSICOMOTRICIDADE NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

A PSICOMOTRICIDADE NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
Maiara Costa[1]
RESUMO
Quando pensamos no processo de alfabetização,nos remetemos à aprendizagem da leitura e da escrita, que já se encontra internalizado neste processo, mas acabamos esquecendo, ou muitas vezes não paramos para analisar este processo com um olhar mais atento e focado no desenvolvimento da criança. O domínio da leitura e da escrita requer todo um preparo na criança quando pequena, para que então sejam desenvolvidas tais potencialidades, que levam esta a ser alfabetizada de fato. Essas potencialidades estão associadas ao desenvolvimento psicomotor da criança, que por sua vez destaca-se a psicomotricidade, sendo a ciência que faz seus estudos a cerca do ser humano, valorizando o seu corpo através do movimento. Então, torna-se propício alfabetizar entre os seis e sete anos de vida, aonde a criança já tem se desenvolvido corporalmente a base necessária para receber este aprendizado, ressaltando que este processo varia de criança para criança, pois é muito relativo à maturação do seu corpo, ritmo e o quanto ela é estimulada para desempenhar tal habilidade. Considerando os aspectos de que a aprendizagem da escrita é um meio que o ser humano utiliza, considerada fundamental para socializar-se com os outros indivíduos. Uma criança da educação infantil, que não foi desenvolvida corporalmente através da educação psicomotora para ser alfabetizada, pode apresentar diversas dificuldades nesse processo. Por isso se faz importante a figura do professor como mediador desta aprendizagem. A corporal, na educação infantil, desenvolvendo potencialidades como, equilíbrio, lateralidade, coordenação motora, espacial entre outras, ea mental na pré-escola, demonstrando a apropriação do que foi estimulado pelos professores na educação infantil, quando criança. Portanto alfabetizar é um ciclo, aonde cada professor faz seu intermédio com a criança de acordo com suas fases de desenvolvimento e a criança fazendo parte deste processo, se faz necessário que participe ativamente das situações de interações, e não fique apenas como um figurante, mas que ele possa seguir adiante levando em sua bagagem tudo o que lhe foi aprendido através dos ensinamentos desses professores.
Palavras-chave: Psicomotricidade; Alfabetização; Escrita; Aprendizagem.

1 INTRODUÇÃO

            O conceito de alfabetização está associadoà leitura e a escrita, que por sua vez, tem sido enfoque de diferentes profissionais, que buscam privilegiar o processo de aquisição deste termo.
            Observa-se hoje que muitos alunos que ingressam no Ensino Fundamental apresentam algum tipo de dificuldade (ou distúrbios) no processo de alfabetização, podendo ser relativo ao seu processo de desenvolvimento psicomotor. Considerando que a preparação psicomotora para a aprendizagem da escrita, pode acontecer na Educação Infantil, onde o aluno encontra-se mais “disposto” a explorar o mundo que o cerca.
            Nós seres humanos, viemos de uma geração, aonde se aprende muito fácil, mas deve-se levar em consideração que para o processo de alfabetização, principalmente, a aquisição da escrita requer muita concentração e exige muito mais esforço das crianças que possuem dificuldades, pois a força de vontade precisa ser em dobro, para que seja desenvolvido o seu corpo (físico) e seu sistema neuronal, adquirindo assim a aprendizagem.
            Considerando o percurso que a escrita passou, podemos observar a estreita relação que tem a psicomotricidade com a aquisição da escrita, pois este processo está associado ao desenvolvimento da criança e aqui se faz presente a figura do professor como mediador deste processo.
            No entanto faz-se necessário que o profissional da educação dê a importância devida ao processo de desenvolvimento humano, para que possamos não ser surpreendidos por uma educação deficitária como muito tem sido os casos das escolas de hoje em dia.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
           
            Este artigo acadêmico tem por finalidade trazer à tona uma reflexão ao professor sobre suas condutas em sala de aula, o seu olhar para a criança, considerando este como um todo e suas expectativas como mediador do ensino da escrita com base nos processos psicomotores.

2.1 PSICOMOTRICIDADE: SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
            O ser humano se expressa e se comunica através do seu corpo e como desde a antiguidade o corpo humano sempre foi valorizado, a neurofisiologia veio a se desenvolver e a partir de estudos feitos nessa área, ficou constatado que muitas pessoas apresentavam lesões na área do cérebro ou que possivelmente não poderiam ser diagnosticados a anormalidade ou, os débeis. 
Surge então, a psicomotricidade que contempla todo o esquema corporal do indivíduo, de forma que este possa ser explorado pela prática de movimentos. Ela tem origem grega psyque, que significa alma e no verbo latino moto que significa mover frequentemente, agir fortemente. 
A psicomotricidade teve contribuições de grandes profissionais de áreas distintas, surgem aqui várias reflexões a cerca deste termo. Ela consiste em perceber o ser humano a partir de seu conjunto de movimentos, ou seja, envolve toda a ação que é realizada pelo indivíduo, quando falamos de uma pessoa devemos observar esta como um todo, principalmente a contemplar o seu corpo, pois é através dele que esta se expressa e se desenvolve.
No entanto, o corpo em movimento faz com que o ser humano esteja constantemente em mudanças, estas podendo ser motoras, afetivas e intelectuais, pois são através de mudanças nestas áreas que o indivíduo vai ativar as suas potencialidades psíquicas para trabalhar corporalmente cada aspecto citado, ou seja, quando o ser humano nasce, segundo a neurofisiologia, ele não nasce pronto, ele nasce com potencialidades que tendem a se desenvolver e a partir do desenvolvimento e estímulos que se consolidam, estes criam bases para que um novo movimento ative alguma função psíquica que dê-lhe a oportunidade de desenvolver uma nova potencialidade. 
E uma das potencialidades a se desenvolver é o movimento de pinça, que tem grande marco no processo de alfabetização. Com a maturação do Sistema Nervoso Central (SNC), o bebê passa de ter reflexos e começa a ter reações intencionais, aonde o ato de preensão é substituído pelo movimento de pinça, ou seja, com repetições de certos movimentos ele vai aprimorando os gestos e conseguindo alcançar o seu objetivo final.
Assim, criando “base” dos movimentos, na primeira infância a criança ao ingressar no Ensino Fundamental já possui boa coordenação de suas mãos para desempenhar a escrita e ser alfabetizado, pois como afirma Tavares (2007, p. 21)

A escrita é constituída de uma atividade psicomotora extremamente complexa, na qual participam os aspectos da maturação do sistema nervoso, expressado pelo conjunto de atividades motoras; pelo desenvolvimento psicomotor geral, especialmente no que se refere à tonicidade e coordenação dos movimentos e pelo desenvolvimento da motricidade fina, ao nível dos dedos da mão.
Ou seja, a criança, para iniciar o processo da escrita, precisará reformular a sua linguagem falada para que então possa desempenhar a linguagem escrita. “O aprendizado da escrita [...], requer que a criança [...] tenha desenvolvido sua afetividade” (TAVARES, 2007, p. 21). Pois “o domínio da língua, [...] escrita, é fundamental para a participação social e efetiva, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação [...] e produz conhecimento” (BRASIL 1997, p. 15).
Vejamos que todo esse processo de aprendizagem implica em diferentes aspectos tantos afetivos, quanto cognitivos, na vida de uma criança. Todos considerados importantes para que a criança se desenvolva de forma saudável e acompanhe a etapado seu processo de desenvolvimento. E sinalizamos aqui, a importância da psicomotricidade em relação ao processo de aprendizagem, já que ambas se encontram intimamente ligadas.
Valendo-se de várias hipóteses, Tavares (2007, p. 25) constata que,
Durante o processo de aprendizagem, os elementos básicos da psicomotricidade são utilizados com frequência. O desenvolvimento do Esquema Corporal, Lateralidade, Estruturação Espacial, Orientação Temporal e Pré-Escrita são fundamentais na aprendizagem; um problema em um destes elementos irá prejudicar uma boa aprendizagem.

Portanto todo o desenvolvimento citado acima contempla o processo para a aquisição da escrita e se acontecer algum tipo de problema em qualquer elemento destes poderá, a criança, ter problemas graves na escrita, na leitura, entre outras, pois seu desenvolvimento psicomotor, provavelmente, foi mal constituído, por isso que se faz necessário ter desenvolvido lá na educação infantil as bases psicomotoras, como audição, manuseio de brinquedos, brincadeiras lúdicas entre outras, para que isto não venha surpreender mais tarde.
No entanto percebemos a estreita relação entre a aprendizagem da escrita, a psicomotricidade e o professor como mediador e executor de funções de todo este processo, que se estende por um elo de profissionalismo na rede da educação escolar.
2.2 A APRENDIZAGEM DA ESCRITA
            Desde os tempos mais antigos a escrita já era um marco da evolução histórica da humanidade. Antigamente os homens se comunicavam através de desenhos nas paredes de suas cavernas, no chão, através de garatujas, entre outras, assim começou a ser evidenciada a escrita, sendo um dos meios de comunicação utilizada naquela época.
Com a evolução da espécie humana, o homem começou a deixar suas marcas através da escrita, aonde começa a ter a história de fato, pois ela começa existir a partir do momento em que o homem começa a escrever, pois são através das marcas deixadas no passado que conseguimos descobrir nossas origens e conhecer o nosso antepassado.
A história da escrita perpassa por um longo caminho até se constituir-se como hoje é, valendo-se de regras, habilidades específicas, entre outras características que marcam este termo. Aprender a ler e escrever requer muito da criança envolvida neste processo, é preciso que a mesma, segundo Alves (2005), consiga estabelecer relação entre o código escrito e o falado.
Por isso que não tem como falar sem escrita sem se remeter a leitura, pois para a aquisição de aprendizagem delas, torna-se semelhante a um jogo, dispondo de regras, combinações, treino enfim, uma série de semelhanças entre ambas, que nos remetem ao processo de aprendizagem.
            Como afirma Garcia (2008, p. 3) “O aprendizado da linguagem escrita representa um novo e considerável salto no desenvolvimento da pessoa”. Pois o que antecede a escrita, é a leitura e ainda antes disto, é a aquisição da fala e para possuir este domínio do sistema de códigos, faz com que a criança aumente a sua capacidade de memória para então efetuar os registros de suas informações. Ou seja, “Na escrita, se estabelece uma relação entre audição (palavra falada), o significado (vivencia da escrita) e a palavra escrita” (ALVES 2005, p. 107).
            Pois como afirma Alves (2005, p. 96), “O ser humano apresenta três sistemas verbais: auditivo (palavra falada), visual (palavra lida) e escrita. O primeiro que ele adquiriu foi o auditivo, porque é mais fácil de aprender e também o que exige menos maturidade psiconeurológica”.
            Sendo esta aprendizagem adquirida na educação infantil, pois este é o meio mais utilizado para se comunicar com as crianças e transmitir situações que eles participam ativamente deste processo.
            Ainda neste contexto Alves (2005, p. 100) afirma que “A leitura é um processo de compreensão abrangente que envolve aspectos sensoriais, emocionais, intelectuais, fisiológicos, neurológicos, bem como culturais, econômicos e políticos”.
            A criança, no seu dia a dia, presencia muito a escrita por diversas partes do seu mundo. A escrita está contida em outdoors, na televisão, enfim espalhados por todos os lugares que ela passa, a fim de comunicar alguma coisa. E ela inserida neste contexto, está cada vez mais exposta a este aprendizado.
            A inserção da criança no ambiente social proporciona, desde a educação infantil através da linguagem oral e gestual (sendo estas mais usadas), que ela se aproprie deste meio de comunicação para se socializar com os demais. E como as crianças, são seres, que aprendem muito fácil, não devemos nos esquecer de levar em consideração que o processo da escrita requer muita concentração, o mental.
            Portanto ter cuidado com o ensino da escrita requer que o professor também avalie a sua conduta em sala de aula para que possa surtir efeito no aluno, pois o aprendizado da escrita inicia no aluno através do professor e este deve se basear nas condições de aquisição e potencialidades que os alunos possuem para receber tal aprendizado.

2.3 OS PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM DA ESCRITA

            Os problemas de aprendizagem da escrita são decorrentes de alguma dificuldade no seu processo de desenvolvimento e podem ter diversos efeitos, assim Alves (2005, p. 98) afirma que esses problemas podem ser atribuídos por causas de várias origens, sendo elas:
Orgânicas: cardiopatias, encefalopatias, deficiências sensoriais (visuais e auditivas), deficiências motoras (paralisia infantil, paralisia cerebral etc.), deficiências intelectuais (retardo mental ou diminuição intelectual), disfunção cerebral e outras enfermidades de longa duração; Psicológicas: desajustes emocionais provocados pela dificuldade que a criança tem de aprender, o que gera ansiedade, insegurança e autoconceito negativo; Pedagógicas: métodos inadequados de ensino, falta de percepção, por parte da escola do nível de maturidade da criança, iniciando uma alfabetização precoce, relacionamento professor-aluno deficiente, não domínio do conteúdo e do método por parte do professor, atendimento precário das crianças devido à superlotação das classes; Socioculturais: falta de estimulação (criança que não faz a pré-escola e também não é estimulada no lar); Dislexia: um tipo de distúrbio de leitura que colocamos como causa, porque provoca dificuldades específicas na aprendizagem da identificação dos símbolos gráficos, embora a criança apresente inteligência normal, integridade sensorial e receba estimulação e ensino adequados.
            As diversas causas mencionadas são decorrentes de problemas de aprendizagem que, provavelmente se manifestou no processo de aquisição da escrita, e por não ser “tratada” com recursos que poderiam auxiliar nesse processo, ocorreu determinado problema.
            Esta dificuldade é apresentada por Fonseca (1995) como disgrafia e disortografia. Que para Alves (2005, p. 109) o primeiro referindo-se a:
[...] a dificuldade de coordenar movimentos dos símbolos gráficos, é uma dispraxia da escrita. Caracteriza-se pelo lento traçado das letras, que em geral são ilegíveis. A criança disgráfica apresenta déficit motor, visual, podendo apresentar comprometimentos cognitivos, emocional e neurológico. Não consegue idealizar no plano motor o que captou no plano visual.
            A disgrafia, no entanto, é representada pelas dificuldades de escrita que se referem à grafia, segundo Alves (2005), existem vários níveis de disgrafia, podendo ser desde a incapacidade de segurar um lápis ou até mesmo de traçar uma linha.
            Valendo-se de várias hipóteses, Alves (2005, p. 109) constata que,
As criançasdisgráficas mais velhas conseguem reproduzir legivelmente uma palavra, mas distorcem a sequência dos movimentos quando escrevem. Os principais tipos de erro da criança disgráficas são:
- apresentação desordenada do texto;
- margens malfeitas ou inexistentes, a criança ultrapassa ou para muito antes da margem, não respeita limites;
- espaço irregular entre as palavras, linhas e entrelinhas;
- traçado de tamanho pequeno ou grande, pressão leve ou forte, letras irregulares e retocadas, rasuras;
- distorção da forma das letras;
- movimentos contrários ao da escrita convencional, inversões;
- irregularidade no espaçamento das letras na palavra; mau uso do espaço gráfico;
- direção da escrita oscilando para cima ou para baixo; traçado incoordenado;
- separação inadequada das letras;
- dificuldade na escrita e no alinhamento dos números na página;
- desorientação espacial;
- dificuldade de copiar do quadro para o caderno (plano vertical para o horizontal);
- lentidão exagerada na escrita ou para executar tarefas.

            Já a disortografia refere-se a uma dificuldade na escrita relacionada aos processos de ortografia e que ocorre apenas quando a escrita envolvem alguns fatores que antecedem o ato de escrever, consiste numa escrita com numerosos erros e que se manifesta logo após ser adquirido o mecanismo da leitura e da escrita (LEÃO, 2004).
            Assim, Alves (2005, p. 110) afirma que a “Disortagrafia: É a incapacidade de escrever corretamente a linguagem oral, havendo trocas ortográficas e confusão de letras. Podendo implicar na diminuição da qualidade do traçado das letras”.
            A disortografia também possui seus principais tipos de erro que a criança com este tipo de problema de aprendizagem costuma apresentar, que segundo Alves (2005, p. 110) são:
- Confusão de letras (trocas aiditivas);
- Consoantes surdas por sonoras: f/v; p/b; ch/j;
- Vogais nasais por orais: na/a; em/e; in/i; on/o; um/u;
- Confusão de sílabas com tonicidade semelhante: cantarão/ cantaram;
- Confusão de letras (trocas visuais): simétricas – b/d; p/q
- Semelhantes – e/a; b/h; f/t;
- Confusão de palavras com configurações semelhantes: pato/pelo;
- Uso de palavras com um mesmo som para várias letras: casa/caza; asar/azar; exame/exame (som de z).
           
            Além destes problemas existe uma série de outras dificuldades que uma criança pode apresentar em seu processo de alfabetização. Podendo esses erros ser constantes e progressivamente ao decorrer da vida da criança, afetando em seu desempenho escolar, e varia de criança para criança e do seu estágio de distúrbio da escrita.
            Em Fonseca (1995) encontramos os termos disgrafia relacionado a um problema de execução e disortografia sendo destacado como um problema de formulação, sendo ambos os distúrbios específicos da linguagem escrita.
            Então observa-se que os problemas de aprendizagem, não somente da escrita mas também da leitura, podem se manifestar na criança através de alguma dificuldade ou até mesmo no processo de aquisição desta, que pode ser revertida como uma “aprendizagem de sucesso” através dos instrumentos e formas que o professor utilizará diante de cada situação, que se torna singular por ser crianças diferentes.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
            As reflexões aqui representadas são voltadas indiretamente ao trabalho do professor, pois quem faz as abordagens com o aluno é ele e quem intervém e dá assistência ao aluno com dificuldade, em primeiro lugar é o professor, pois muitas vezes é na sala de aula que aparecem os problemas, e o professor dotado de seus conhecimentos, encaminha o mesmo para especialistas, ou “trata” em sala o que está sob seu domínio.
            E deve-se ressaltar o papel do professor referente à psicomotricidade, pois ao além de ensinar o aluno, ou transmitir conhecimentos, ele deve ajudar o aluno, assumindo o papel de facilitador, ou seja, ele deve estimular a criança de diversas formas possibilitando que a mesma crie bases necessárias para ser alfabetizada. Vejamos que aqui essas funções se dividem em dois períodos, em educação infantil e pré-escola, pois quando falamos de bases necessárias para a aquisição da linguagem escrita, remetemo-nos a educação infantil, por ser esse o período propício para desenvolver a maioria das habilidades, devido à idade das crianças e a sua motivação consequente a sua curiosidade de explorar o mundo. E depois a pré-escola, por ser o período em que a criança, a partir de suas potencialidades pré-desenvolvidas começam a ser alfabetizadas e letradas.
            A escrita perpassa por uma longa história, onde podemos observar que ela vem se constituindo de longos anos atrás e é um dos meios de comunicação primordial na sociedade. Os avanços que a escrita teve desde a pré-história foram muito significativos para que hoje ela pudesse chegar a esse nível e ter se constituído como tal. É através dela que podemos conhecer a história da humanidade, pois como citado anteriormente, só há história porque há escrita.
            Portanto, fazendo uma análise geral do que até aqui foi estudado, percebemos que a escola precisa abrir espaços dentro dela, para que se possa fazer uma análise do processo de aquisição da linguagem escrita, tirando de foco o “como ensinar” e inserindo o “como ocorre a aprendizagem do aluno”, considerando que cada um possui as suas particularidades, estas sendo individuais de cada um. E pensar na sua própria formação acadêmica como um professor alfabetizador, partindo do ensino para com as crianças e suas reflexões a partir da alfabetização. Considerando os saberes desta prática, e a diferença que faz, no âmbito escolar, um professor que faz a diferença ou pelo menos pensa em ser um professor reflexivo.
REFERÊNCIAS

ALVES, Fátima. Psicomotricidade: corpo, ação e emoção. 2. Ed. Rio de Janeiro: Wak, 2005.
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: Língua Portuguesa. Secretaria da Educação Fundamental. 2. Ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
DALMÔNICO, VildeLuiza;FERREIRA, Reginaldo José; PEZZI, Marcelo Rodrigo.Guia acadêmico, versão 2013.INESA.Joinville-SC.
FONSECA, Vitor. Introdução às dificuldades de aprendizagem.s/ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
GARCIA, Kátia et al.O processo de aquisição da linguagem escrita: estudos de A.R Lúria e L.S Vygotsky. 2008. 6f. Artigo (Licenciatura em Pedagogia) – Faculdades Integradas do Vale do Ribeira – SCELISUL, São Paulo.
JAKUBOVICZ, Regina. Avaliação em Voz, Fala e Linguagem. Rio de Janeiro: Revinter, 2004.
LEÃO, Fabiana Cunha. Avaliação dos Distúrbios de Aprendizagem. In: TAVARES, Micheline de Lima. A psicomotricidade no processo de aprendizagem. 2007. 43f. Monografia (mestrado em psicomotricidade) – Universidade Cândido Mendes, Rio de Janeiro.



[1]              Acadêmica do 6º período do curso de Licenciatura em Pedagogia da Instituição de Ensino Superior Santo Antônio-Inesa de 2015/2.

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