PSICOLINGUISTICA
E AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM
Anita Helena Schubert¹
RESUMO
Este
trabalho consiste em explicar o que vem a ser psicolinguística e a aquisição da
linguagem, compreender a importância do estimulo a comunicação para o processo
de desenvolvimento da criança. A psicolinguagem é a junção de estudos de
psicologia e linguística, onde a psicologia busca entender como funciona o
processo da mente humana e a linguística conectando a mente com a linguagem.
Chomsky constatou a importância da conexão entre psicologia e linguística, já
que as duas buscavam compreender mais uma sobre a outra. A aquisição da
linguagem deixa clara a importância da fala com a criança desde cedo e como a
criança entende, copia o que esta em sua volta.
Palavras-chave:
Psicologia, Linguística, Chomsky, Mente, Linguagem.
1 INTRODUÇÃO
A psicolinguagem é de origem
da psicologia da linguagem, sendo a questão central a linguagem e psicologia:
relacionamento entre o pensamento/comportamento e linguagem, fazendo conexões
entre a linguagem e a mente, onde a psicologia busca explicar como o ser
humano adquire, utiliza, desenvolve e
aprende a linguagem.
A psicolinguistica, para
aluguns autores, é a definição do processo de codificação e decodificação ao
ato de comunicar-se com outro, em que a linguistica trata da “fala”/competecia,
e a psicologia trata da performace de quem fala. Ou seja, a linguistica se
preocupa com a performace (ato de falar), e a psicologia estuda a performace
(como, por que se fala).
A aquisição da linguagem,
que tem inicia nos primeiros dias de vida da criança, explica a importância da
conversa com o bebê (entendido por muitos como quem não entende nada), e como a
presença da fala da mãe marca a criança. Os pais são os primeiros contatos da
criança com o mundo real, e cabe, primeiramente, a eles estimular o bebê a
produzir sons que possam ser considerados como comunicação.
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ORIGEM DA PSICOLINGUISTICA
O estudo da psicolinguistica
passou a se destacar como autonomo em 1950, antes disto os estudos feitos para
a colaboração do assunto eram denominados Psicologia da Linguagem. Neste tempo,
os estudos feitos sobre o assunto eram uma tentativa de responder questões
sobre a Psicologia e a Linguistica.
Na psicologia, segundo
Balieiro (2012, p.203) “os estudos buscavam estabelecer as relações entre a
organização do sistema linguistico e a organização do pensamento, através do
recurso à teoria e à pesquisa linguistica.” A psicologia, estudiosos, começaram
a estudar sobre linguistica com o objetivo de entender o processo da mente
humana na aprendizagem, como se é armazanado, organizado os pensamentos que vão
ser passados de forma verbal ou escrita para o compreendimento dos outros e de
si mesmo.
A linguagem é um sistema,
aberto, de regras, onde se pode ser dito a mesma coisa de formas diferentes,
exemplo: forma como era falado a séculos atrás e a forma como é falado hoje, muitas
vezes dizem a mesma coisa, a diferença é o vocabulário, antigamente era tudo
mais formal, sofisticado. Uma habilidade especial do ser humano, propria da
linguagem é: significante (som das palavras) e significado (ideia que é
passada, podendo ser passada através da fala, imagem, escrita).
No decorrer dos tempos
começou a surgir períodos dentro da psicolinguista. No período linguístico,
dá-se importância ao discurso e não ao desempenho, este período trabalha
bastante com a sintaxe. De acordo com Balieiro (2012, p.207) “A principal
tarefa consistia em investigar a realidade psicológica das unidades
linguísticas.” Ou seja, a sintática é uma parte importante e necessária da
teoria linguista, pois auxilia na compreensão do funcionamento metal do sujeito
para que fale uma língua, a língua mãe. No período cognitivo, os cognitivistas
acabaram aproximando sua teoria com o que é tratado em psicolinguística e
também as ciências cognitivas, o que deu um equilíbrio entre a Linguística e os
demais campos, como Psicologia, Antropologia e a Filosofia da Linguagem.
Psicolinguística não se
trata de juntar a mente com a língua, mas entender como funciona a mente, como
é capturado as informações, como as entende e como poderá transmiti-la. A mente
humana não pega as informações para si, de forma egoísta, ela trabalha a
informação na mente para a real compreensão e assim passa-la adiante.
2.1 PERÍODO FORMATIVO
A teoria da informação
surgiu após a Segunda Guerra, auxiliando nos estudos de psicolinguistica. Os
estudiosos Shannon e Weaver explicavam esta teoria através do seguinte esquema:
Fonte→Transmissor/codificador→Canal→Receptor/decodificador→Destinação
Explicado também por Osgood
e Sebeok (1954) “processos de codificação e decodificação no ato da comunicação
na medida em que ligam (relacionam) estados das mensagens e estados dos
comunicadores.” Onde a fonte é quem fala, explica, o transmissor são os códigos
falados, neste caso, as palavras, o canal é como é falado (de forma oral,
dissertativa, através de imagens), o receptor é aquele o qual esta recebendo a
mensagem, esta decifrando a informação que esta recebendo para poder
compreender, e a destinação, que representa a quem esta direcionada, quem aquela
mensagem pode alcançar.
Quando se fala em códigos
não se fala somente de linguagem verbal, mas linguagem corporal, visual,
escrita. As manias que são adquiridas no decorrer da vida, são códigos que
muitas vezes a pessoa que o faz não percebe que esta fazendo, pois para ela é
tudo muito normal, já a pessoa que a observa, que esta recebendo sua
informação, percebe e pode vir a pega-lo também. O costume de falar fazendo
gestos, mesmo quando a outra pessoa não pode enxerga-lo, são códigos que,
muitas vezes, só serem feitos já faz uma outra pessoa, fora do assunto,
compreender o que se esta falando com a mesma qualidade que a que ouve.
No processo de interação
ente psicologia e linguistica começava a se trabalhar, estudar, como a mensagem
era passada (linguistica tratava do estado da mensagem) e como era recebida,
compreendida pelas pessoas (psicologia tratava do estado dos comuniadores),
principalmente o processo de codificação e decodificação.
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AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM
A aquisição da linguagem é o
processo que a criança passa para adquirir a fala. Este processo é, geralmente,
estimulado pelos pais, mesmo que estes não percebam isto. A criança, nos
primeiros anos de vida, passa a produzir sons ao tentar comunicar-se com
aqueles que estão em sua volta, ela começa a imita-los e com o passar do tempo
vai aprimorando essa imitação surgindo algo mais próximo da fala compreendida
por todos.
Os primeiros atos da
criança, bebê, que começam a ser elaborados são o conhecimento do corpo, onde a
criança começa a buscar saber o que é capaz de fazer, onde ela arrisca
movimentos (até involuntários) entender do que é capaz. Logo após o bebê passa
a tentar reproduzir sons que não chegam a ser nem perto do que se conhece por
palavras, parecem resmungos.
A criança começa a
transmitir fonemas de acordo com que recebe e consegue compreender os sons em
sua volta. Quando ainda não fala, a criança utiliza breves sons para fazer que
compreendam o que ela esta querendo dizer, um exemplo: uma criança de um ano e
meio pega um carrinho e ao olhar para um adulto e mostrar o objeto ela não diz
“Olha, um carro!”, ela imita um som transmitido pelo carro “Bi bi!” e mostra o
objeto.
O primeiro contato que a
criança tem com os sons, a fala, é da mãe. Ao nascer, a criança é forçada a
chorar e o som que a acalma é a voz de sua mãe, pois lhe é uma voz familiar,
uma voz que esteve presente desde seu primeiro mês de vida.
Segundo Scarpa (2012, p.245)
“A linguagem, específica da espécie, dotação genética e não um conjunto e
comportamentos verbais, é adquirida como resultado do desencadear de um
dispositivo inato, inscrito em mente.” O ser humano já nasce com a fala, mas
precisa de auxilio, de estimulo para ir desenvolvendo, desencadeando para poder
comunicar-se com o outro.
Chomsky argumentava que em
curto tempo de vida a criança exposta a falas incompletas, fragmentadas, é capaz
de se aprimorar de um conjunto complexo de regras, que é considerado “pobreza
de estímulo”. É normal a criança falar coisas curtas, incompletas e trocadas
durante certa faixa etária e tempo, e entre elas (que conseguem compreender uma
a outra), mas quando a criança vai crescendo e continua com este processo é
perigoso, pois se não for trabalhado pode causar problemas para a comunicação
da criança (tendo em vista que os demais colegas já não fazem mais isto).
O desenvolvimento motor da
criança é tão importante quanto o mental, na verdade, as duas precisam caminhar
juntas para que haja um real aproveitamento dos dois. A criança tem que ser
primeiro estimulada a movimentar-se e depois falar, cada uma a seu tempo, mas
nunca abrindo mão uma da outra. O processo de aprendizagem da criança precisa
que as duas coisas andem juntas para um verdadeiro aproveitamento.
A criança passa a conseguir
adotar símbolos presentes na sociedade no decorrer do processo de inteligência
pré-operatória, compreendendo que a linguagem é uma variação de símbolos, perante
o pensamento de Piaget. Contrario ao pensamento de Piaget, diz-se que aquisição
é resultado da interação da criança com o ambiente e o organismo, através de
absorção, tratando-se da inteligência geral, não como um modo especifico de
linguagem.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir das pesquisas
feitas pode-se compreender como é importante incentivar as crianças em todos os
aspectos, como movimentos, firmar-se, a sons que vão vir a se tornar fala. A
mente humana não consegue trabalhar muito bem com repreensão, ainda mais quando
crianças, por isso é preciso cuidado ao falar repreendendo a criança para que a
mesma não se feche e interrompa o processo de aprendizagem e desenvolvimento.
Uma vez interrompendo este processo é perdido tempo da aprendizagem da criança,
atrasando as etapas que precisam ser vividas por ela.
REFERENCIAS
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Acesso em: 1 nov. 2014.
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